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Pra que serve o divã?

  • Foto do escritor: Flávia Pagliusi
    Flávia Pagliusi
  • 19 de fev. de 2024
  • 2 min de leitura

Sala escura com uma janela ao fundo por onde entra sol. À frente, um divã de couro marrom escuro.

O divã é uma peça icônica na prática da psicanálise e talvez a primeira imagem que lhe ocorra na cabeça quando pensa em psicanálise! Mas mais do que mera peça de mobília, o divã tem papel importante para o andamento do processo terapêutico. Ao deitar-se durante as sessões, o paciente pode relaxar e se concentrar em seus pensamentos e emoções sem distrações visuais; sem, por exemplo, se preocupar com a expressão facial ou reações da analista ao contar sobre um determinado pensamento. Além disso, também quebra o formato clássico das conversas que temos com amigos e familiares no dia a dia, onde estamos quase sempre cara a cara com o nosso interlocutor. A relação, em uma sessão analítica, é de uma outra ordem e por isso a analista se posiciona atrás do paciente, longe de seu campo de visão. Dessa forma, a livre associação, um dos princípios fundamentais da psicanálise, onde o paciente é encorajado a expressar livremente seus pensamentos, sentimentos e memórias sem censura ou julgamento, pode acontecer de maneira mais eficiente.


É claro que durante as primeiras entrevistas é importante que analista e paciente estejam cara a cara, que se conheçam e estabeleçam os fundamentos para que o processo analítico possa acontecer. Por isso, a utilização do divã é avaliada pela analista de acordo com cada pessoa. Mas e no atendimento online?


A psicanálise online tem lançado mão de diversos recursos interessantes para promover um espaço suficientemente bom para que o trabalho analítico se desenrole da melhor forma possível. Assim, é importante que o paciente possa contar com um lugar tranquilo e livre de interrupções, além de um sofá, cama, rede ou qualquer outro espaço onde se sinta confortável e relaxado no momento da sessão. A imagem da analista na tela permanece aberta nos primeiros encontros. Quando oportuno, ambos, analista e paciente, fecham suas câmeras, mantendo a conexão através do som.


O divã, apesar de ser ferramenta potente em grande parte dos tratamentos, pode não funcionar para um determinado paciente ou mesmo para um período específico de uma análise. Pode acontecer de um analisando sentir necessidade de voltar a falar frente a frente com sua analista ou mesmo desta avaliar ser importante retornar a esse modo de operação durante um processo terapêutico. É sempre importante lembrar que a psicanálise trabalha com a singularidade de cada um e, por isso mesmo, cada caso é um mundo completamente novo. Não há receitas!



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©2024 por Flávia Pagliusi

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